Consumidor brasileiro está entre os que mais exigem respeito à sustentabilidade no mundo
Comunicação deve explorar práticas ESG de companhias que o fazem bem como elemento de vantagem competitiva; quem segue caminho contrário pode enfrentar crises de imagem, boicote e perda de clientes


Para quem acha que ESG é uma besteira, uma pesquisa da consultoria Manhattan Associates lança o alerta para empresas que não acreditam em práticas de sustentabilidade, ou seja, de desenvolvimento socioeconômico e ambiental, e de governança. Sim, ESG é um diferencial que, se realmente praticado, merece ser divulgado aos quatro ventos pela assessoria de comunicação.
O levantamento revela que um em cada quatro consumidores levam em conta o critério de sustentabilidade em suas compras e rejeitam produtos de varejistas que não sejam ambientalmente corretas. Além de o cliente estar muito atento e exigente em relação às boas práticas de indústrias, comerciantes e prestadores de serviços, a imprensa acompanha esse novo momento com lupa.
Ou seja, as empresas que não têm práticas ESG em sua cartilha perigam passar enfrentar sérias crises de imagem, vendo-se diante de casos como de corrupção, crimes ambientais, discriminação social em suas fileiras ou desrespeito a normas trabalhistas. E exemplos que culminaram em companhias boicotadas pelos consumidores não faltam, como Madero, Havan e Zara por, respectivamente, negacionismo, ameaças a funcionários e exploração de mão de obra infantil.
A pesquisa, mundial, mostra que a média de exigência brasileira, de 25%, corresponde a quase o dobro da global, de 13%. Além disso, traz um alerta para quem pensa que vende seus produtos em todos os canais, em omnichannel, mas não entrega o prometido e irrita seus clientes.