Comunicação empresarial pode garantir retornos financeiros até 47% maiores em 5 anos
Empresas pequenas são as que mais se beneficiam de aumento de produtividade e engajamento entre funcionários


Da base deixada por Aristóteles 2.300 anos atrás em "A Retórica", vemos diversas razões para se recomendar a contratação de uma consultoria externa especializada em comunicação empresarial. A consultoria Willis Towers Watson, dos EUA, por exemplo, mostra que companhias que se comunicam bem com seus empregados registram retornos financeiros até 47% maiores em cinco anos, com aumento de produção de 26%. Já a Aon Hewitt aponta para a mesma direção no Brasil, demonstrando que um crescimento de 5% no engajamento dos funcionários gera uma receita 3% maior no ano seguinte e um salto de 50% no retorno para os acionistas em empresas com empregados altamente motivados, com empenho 60% maior e clientela 34% mais satisfeita do que na concorrência, formando um ciclo completo de virtuosidade.
Mas para que serve uma? Resumidamente, a comunicação empresarial (ou corporativa, como queiram) consiste na relação entre uma organização e seu público interno e externo. Para isso, valemo-nos de estratégias, táticas e ações para melhorar a comunicação e potencializar seus efeitos positivos através da difusão de informações dentro do planejamento estratégico do cliente, de acordo com sua missão, seus objetivos, metas, projetos e resultados esperados, por exemplo. Quando bem utilizada, a comunicação empresarial é um instrumento valioso de gestão, que pode garantir a coesão de uma organização, com benefícios como aumento de produtividade, tornando-se uma vantagem competitiva. Caso contrário, a sua ausência ou mau uso pode se tornar um baita problema.
Como já vimos, diversas pesquisas internacionais apontam para a importância da comunicação corporativa como estratégica para qualquer negócio e confirmam a existência de uma forte correlação sua com engajamento da força de trabalho, aumento de produtividade e desempenho econômico.
Comunicação empresarial aumenta engajamento
A consultoria Dale Carnegie, dos EUA, constatou que o engajamento e seus efeitos são mais fortes em firmas pequenas, com percentual médio de funcionários totalmente motivados de 36%, contra 29% nas maiores. A taxa de parcialmente engajados também lhes é favorável (46% a 45%), bem como a de desengajados (18% a 26%). E os mais motivados querem principalmente transparência dos superiores (65%) e comunicação efetiva (63%).
Mas o contrário disso tudo é tão verdadeiro quanto e as cifras realçam o estrago da falta de engajamento. Em 2016, o Gallup verificou que só 13% da mão de obra mundial era realmente engajada. No Brasil, essa taxa era uma das mais altas do planeta, de 27%, num ranking liderado pelo Panamá (37%). A outros 63% dos trabalhadores do planeta faltava motivação e 24% eram ativamente desengajados. Juntos, somavam 1,24 bilhão de pessoas sem comprometimento com o trabalho e com risco de infectar os 13% motivados (184 milhões). Na Alemanha, por exemplo, deixaram de ser gerados até € 287,1 bilhões em negócios devido a perdas de produtividade por conta da falta de engajamento, em 2015.
"Líderes empresariais no mundo todo devem aumentar o nível do engajamento de empregados. Aumentar o engajamento do local de trabalho é vital para alcançar crescimento sustentável para companhias, comunidades e países — e para pôr a economia global de volta nos trilhos para um futuro mais próspero e pacífico”, alerta o estudo do Gallup.
“As empresas que comunicam de forma mais ousada, inovadora e disciplinada, especificamente durante períodos econômicos difíceis e de mudanças, são mais eficazes ao engajar seus empregados e alcançar os resultados desejados. Nossa pesquisa revelou que as empresas que mantêm uma boa comunicação com seus empregados são também as que têm melhor desempenho financeiro”, completa o relatório da Willis Towers Watson, estabelecendo a conexão entre comunicação empresarial e lucros.
Motivos, portanto, não faltam para a contratação de uma consultoria especializada em comunicação corporativa. Assim, neste momento de pandemia, a inclusão desta poderosa ferramenta é mais do que necessária em qualquer planejamento estratégico que se preze. É vital, pois largará na frente para a retomada dos negócios e ocupação de novos espaços quem realmente estiver preparado para os novos tempos.